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· Artigos do Autor: Maria Paula T. Q. Barros Pinto
· Com o Critério: Todas as Palavras
· Data de Publicação: Todas as Edições

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271. Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem! 09-08-2013 12:16:00
Rui Neumann «Vem comigo!», disse-me uma amiga depois de uma longa discussão sobre a existência de bruxas. Atravessamos a Avenida da Boavista no Porto, junto ao bairro do Pinheiro Manso, e apontou para o muro de um casarão em estado decadente: uma vela acesa, pousada em restos de cera de outras velas que ali estiveram, dava o sinal. Junto à vela estava prostrada a cabeça de uma galinha recentemente decapitada.«Estás a ver? Não acreditas em bruxas, mas que ela existem, existem!» rematou triunfante face ao exe...

272. A vidente 14-05-2010 10:44:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto A dor de cabeça nem lhe deixava ver a luz do dia. “Fecha-me essa janela que morro! Sim, sim, as portadas também…”, suspirou, o lenço húmido atado na cabeça, como se a tivesse partido. Antes a tivesse partido, saberia do que se tratava… mas aquela enxaqueca minava-lhe a vontade e o tino, que lhe ia faltando, chegando a desejar a morte redentora. “Mas D. Purificação, é que está quase na hora, a senhora sabe que daqui a meia hora se não vou lá, v...

273. Como Pilatos 18-06-2010 11:40:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto A igreja estava a abarrotar, o Dr. Miranda era uma figura proeminente na terra, quase lendária! Quando se falava em Dr. Miranda as pessoas inconscientemente faziam uma vénia, pelo menos mental! Essa reverência estendia-se à família. Os filhos do Dr. Miranda não tinham nome, eram os filhos do Dr. Miranda; as noras e genros não tinham nome, eram a nora e o genro do Dr. Miranda; a mulher do Dr. Miranda não tinha nome, era a esposa do Dr. Miranda; até os cães do Dr. Miranda eram os cães… do Dr. Miranda. E também não tinha primeiro nome, a maioria das pessoas não sabiam que ele se chamava Emílio, o Milinho para a mãe e as tias. E agora jazia ali, igual a todos na morte, na tumba, mas com toda a dignidade intacta. Os filhos sem nome, as noras e genros sem nome, a mulher sem nome e os cães sem nome, rodeavam-no, fungando discretamente como convinha a tão distinta família. Doravante seriam os filhos, as noras e genros, a esposa e os cães do defunto Dr. Miranda. O que eles não sabiam era o incidente iminente que iria ensombrar a honra da família e reduzi-los senão a cinzas, pelo menos aos maiores dissabores. O Milinho era um garoto alegre, muito dado à brincadeira mas pouco ligado aos estudos. Gostava de se...

274. As jóias 28-05-2010 10:13:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto Fechou a porta do quarto à chave, dirigiu-se à enorme cómoda D. Maria, puxou o gavetão com esforço e retirou uma caixa embrulhada num tecido precioso de seda finíssima a envolver o estojo de veludo, vermelho escuro, sangue de boi, como uma relíquia. E era uma relíquia, dentro continha as suas jóias: esmeraldas, rubis, ametistas, pérolas, pedras preciosas incrustadas em ouro, recebidas ao longo da sua vida de casada, oferecidas pelo marido, cada aniversário, cada nascimento dos cinco filhos, cada natal, tudo servia de pretexto para lhe oferecer uma jóia, pensava ela embevecida. E ela amava o seu tesouro, acima das jóias só os filhos e, obviamente, o marido… enfim, havia dias, também podia ser muito distante e frio, e as ausências escusavam de ser tão longas. Mas os seus dias eram tão ocupados que não tinha tempo para pensar muito nisso, entre o trabalho vol...

275. O refugiado político 04-06-2010 12:24:00
Maria Paula T Q Barros Pinto “Isto só pode ser brincadeira, Sr. Director… “ – o director levantou os olhos, olhou para ela sem a ver e sacudiu a cabeça para espalhar o torpor… interromperem-no logo após o almoço, ele que gostava tanto de “passar pelas brasas” e aparece-lhe a Dulce com aquele ar de quem está sempre à beira de uma catástrofe iminente.“O quê… quem está a brincar? Como dizes?” – perguntou atarantado. “Está ali um prisioneiro político...

276. Convites 19-07-2013 14:47:00
Verão, férias, feiras do livro a norte, a cultura e o entretimento nas suas mãos nestes tempos de lazer e descontracção.Por isso o Notícias dos Arcos, a autora Paula Teixeira de Queiroz, e as Feiras do Livro do Porto, Vi...

277. A carta de África (XXIII) 22-11-2013 15:22:00
Maria Paula T Q Barros Pinto (Excerto de "Os devaneios da D. Julieta) A Josefa sabia muita coisa, assistiu a muita coisa… olhava e calava e consolava. Nunca julgou nem criticou e sabia curar feridas, nem que fosse por uns tempos. Há feridas que nunca se curam, a crosta cai à mínima fricção e sangram de novo, e sangram toda a vida. A D. Julieta já nasceu com feridas, as feridas da mãe. Tinha-as todas. O abandono era a maior. Áfric...

278. A Carta de África II (XXIV) 06-12-2013 11:32:00
Maria Paula T Q Barros Pinto (Excerto de "Os devaneios da D. Julieta) Sempre que pensava na carta, uma ânsia aguda dava-lhe volta ao estômago e precipitava-se para a casa de banho. A náusea deixava-a prostrada até o vómito a libertar. Sentava-se na berma da banheira, abria a torneira da água quente e derretia um saco de sal marinho na água. Com os cristais vivos esfregava a nuca, o peito, os pulsos e a barriga.Sempre que pensava na carta, uma ânsia aguda dava-lhe volta ao estômago e precipitava-se para a casa...

279. A chave da paciência abre as portas da glória 03-05-2013 14:39:00
Maria Paula T Q Barros Pinto Conheço um jardineiro que se senta a ver as flores brotar. Chamo-lhe o Fiel Jardineiro. “É preciso paciência e amor”- diz ele, sem se desmanchar. Alheado, continua o processo de paciente adoração. Não liga nenhuma aos meus sarcasmos, deixando-me ainda mais irritada. Quando não compreendemos certos sentimentos somos invadidos por uma intolerância discordante, como u...

Registos 271 a 279 de 559

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